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Cultural 27 de junho 2024

Exposição ‘Saindo da Terra’, de Silvia Zavaglia Coelho, segue aberta até 07/07, na Senzala

Em um vernissage concorrido, a artista Silvia Zavaglia Coelho, inaugurou a exposição Saindo da Terra, no espaço Senzala, na noite de 21/06, em promoção do departamento de Cultura da SHC.

Com curadoria de Isabela Senatore e Andrés I. M. Hernández, a exposição conta com 50 obras e fica na Senzala até 07 de julho, aberta para visitação nos seguintes horários:

Terça a sábado: 09h às 12h e 13h às 17h 

Domingo e Feriados: 09h às 16h.

Segunda-feira: Fechado

Não percam a chance de visitar. As obras são belas!

Confira o texto do curador Andrés I. M. Hernández:

​Sair é emergir, ramificar, projetar, percorrer, deixar trilhas que, como artérias, solidificam os rastros peculiares de quem as concebe, constrói e projeta. Essa generalização se aplica às obras de arte na exposição de Silvia Zavaglia Coelho nas salas de exposição do Clube Hípica de Campinas. 

TERRA é metamorfose e são essas mutações plurais que a artista edita e concretiza em suas obras de arte de e para sua vida e seu fazer artístico que reverberam na exposição deixando evidente sua capacidade criadora como artista visual.

Para Silvia Zavaglia Coelho, TERRA é raiz que germina nela e que é adubada pelas vivências, pelas memórias, pelo fazer-se parte dela e tê-la como matriz e suporte para construir obras de arte. SAINDO dela, e com ela como amuleto, a TERRA é diversidade e mutabilidade que a artista incorpora na multiplicidade de modalidades artísticas que explora na sua poética: pinturas, livros de artistas, fotografias, instalações, vídeo arte e como nelas se evidenciam simbioses formais, conceituais, espaciais e culturais que atingem a artista visual provenientes do torvelinho terráqueo que a vislumbra.

Silvia Zavaglia Coelho geograficamente pluraliza sua pesquisa das pinturas da fazenda Monjolinho e da Fazenda Santa Maria Monjolinho com um viés intimista, da dor da perda familiar; das transições peculiares artístico sensoriais nas expedições a Belém do Pará PA (2022) e a Bonito MS (2023) transportadas as fotografias e livros de artista onde as imagens, como pontua a também curadora da exposição e artista visual Isabela Senatore, […]são aventuras distantes sobre a terra onde Silvia também captura a essência das origens de sua pesquisa e sentimentos da vida.

Assim, a pluralidade cromática, de texturas, formas, acontecimentos deixam galopando as definições para que com maestria os espectadores rebotem como grãos de matéria em ebulição na hora de se submergir nas propostas estéticas da artista.

É dessa Terra plural e redonda que a artista extrai e transforma pelo gesto da mulher artista e mãe verdades e realidades e embates dela e dos outros. O Eu no pertencimento, nas alegrias e nas dores, na filantropia e a doçura contrastante e contaminante com os outros que a fazem Nós: raízes de emigrantes, memória, símbolos, flora, fauna, arquitetura, representação & interpretação; interdisciplinaridade; a arte como salvação em diálogos e parcerias como obras de arte.

Silvia Zavaglia Coelho com maestria artística revisita vivências e experiências pessoais às plurais, que como manifestos visuais se engrandecem nos diálogos com os espaços arquitetônicos da Hípica e com possibilidade única dos espectadores usufruírem de qualidade e desafios de um artista visual efervescente.

PhD Andr´es I. M. Hern´andez

Curador, professor, produtor e pesquisador em Artes Visuais

São Paulo, outono de 2024

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